Primeira carta à Susana: do país dos sonhos de pedra

Depois de dez anos, saio deste teu país feito de pedra e memória. E tudo o que tenho são sessenta euros na minha conta bancária e alguns livros, entre eles "O medo" de Al Berto, que esteve sempre ao meu lado durante a viagem. Apesar disto, ou por causa disto, nunca me senti tão rico na minha vida. É preciso que eu te diga agora duas coisas: és o enigma mais vertiginoso que trago tatuado no hemisfério interno do coração; e sim, eu também te amo.

Comentários

Sun Iou Miou disse…
Assim eu queria saber partir também, mas já disse tantas vezes: os anos tornaram-me covarde, ou se calhar aprendi que por muito que fuja não consigo me desprender de mim?

(Já pensaste em colocar aí uma ligação com o Finisterra antigo? Eu tenho, e lá vou lendo de quando em quando, mas lamento tanta beleza enterrada aos olhos de quem sabe ler.)

Abraço de quem é tudo pedra sem sonhos...

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