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A mostrar mensagens de outubro, 2009

A moeda de bronze

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Respondo sim porque exactamente agora mesmo padeço do mesmo mal. Estou aqui às voltas com um texto sobre o outono e não me sai nada. Respondo sim para te dizer que compartilho da mesma perturbação, em pensar que não tenho nada relevante a dizer por escrito, de me ver assim, como que cercado por algo que não tem uma forma, odor, espessura ou nenhuma outra categoria do palpável e traduzível. Respondo sim porque apesar de tudo, desse nosso intento angustiante de querer traduzir a natureza humana, não vemos os surpreendentes eventos dessa Natureza maior que muda a sua moeda de troca, que paga em bronze as facturas do outono. Respondo sim, e me escoro em Apollinaire, autonme malade et adoré..., enquanto não encontro um nome para esta nova ferida que surge na superfície cansada da minha língua. Somos os dois, somos muitos mais, os que moram no topo do vulcão.
"Chamo-me Ibraím e sou da Guiné-Bissau" entre copos e desconhecidos assim começava aquela noite onde eu como tantos outros levámos algo precioso de ti sem nada dar nada prometer sequer o meu nome.

O navio de espelhos

Há meses dura essa despedida de Lisboa. Eu não tinha ideia que encontraria sempre nos momentos de menor descuido: dentro de um livro gasto, na forma de um postal esquecido no fundo do armário ou aqui, nas infinitas imagens desse espelho virtual que é... a net. Bajo el cielo azul de Pamplona, echo de menos el discurso lleno de gaviotas entre el Tajo y Lisboa.

Ser interprete em Darfur

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Aquí nom sobra ninguem