Mediterrâneo

Eu vi dormir o azul do Mediterrâneo na noite mais longa. E quando tudo era silêncio e desolação, o olho da lua surgiu da profundeza do meu sono com uma interrogação afiada. Eu tinha o Mediterrâneo e tinha a lua, e entre eles a coragem e o receio daqueles que atravessam, à noite, o mar real. Esse mesmo mar que a minha covardia poética não consegue cruzar. Eu tenho medo de não poder contar esta história.

Comentários

Sun Iou Miou disse…
Medo tenho eu de não contar mais histórias, mais medo ainda de não ouvir/ler mais histórias, medo de não mais me ser.
Preciso palavras a alimentar o sangue.

Mensagens populares deste blogue

Anotações II

2011 e o nada

Opus 65