2012 DA14

2012 DA14
No meio do caminho, havia uma pedra...
Carlos  Drummond de Andrade

Nem é preciso tantas toneladas para pôr fim à nossa investigação da condição humana sobre a ténue face do planeta. Cento e cinquenta mil toneladas combinando trajectória, tempo e rotação, como num poema previamente ensaiado, nos dirão em que lado da face receberemos a bofetada fatal, aquela que reduzirá a nada a poesia, a política e o entendimento antropológico da vida.  À esquerda de nosso rosto perecerá a orquídea, o verso e a álgebra. À direita, as noções sobre Deus, a macroeconomia e a cobiça.
- Seguir-se-á  uma longa noite invernal, opaca e silenciosa depois do último gemido. E quiçá, numa manhã inesperada de Abril,  retomaremos a nossa caminhada, mais leves e sem memória.

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