Lapidum natura restat, hoc est praecipua morum insania.




Lapidum natura restat, hoc est praecipua morum insania…”
Gaius Plinius Secundos.


Ancestral lâmina de obsidiana, o primeiro verso que te vem à cabeça nesta indecisa tarde em que caminhas distraído. Outono à porta, a vida segue o seu curso com a exibição televisiva de distantes e pasteurizadas tragédias com nomes exóticos, sempre à justa medida para não perturbar a tua consciência conformista.

Ancestral lâmina de obsidiana, verso sem continuação, passaporte para fingires que participas na eternidade matemática das coisas, desde a palavra ainda abismo ao baile silencioso das esferas.

Ancestral lâmina de obsidiana, sentença e aviso:

                                                                               como quando encontras o pássaro morto que te devolve à transitoriedade do mundo e buscas, aflito, a trajetória do seu último canto; e tentas modelar com as mãos o barro onde assentar um novo léxico para as coisas de sempre.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Anotações II

2011 e o nada

Opus 65